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Problemas de circulação pioram no inverno?
Os sintomas de problemas circulatórios podem agravar-se no frio. Distúrbios na circulação arterial podem levar à dormência nos pés e pernas, dores para caminhar e subir escadas e morros, e em casos mais avançados, podem ocasionar o aparecimento de feridas, as úlceras isquêmicas, muito dolorosas e de difícil cicatrização.
Os problemas de circulação arterial, na maioria das vezes, decorrem de uma condição chamada Doença Arterial Obstrutiva Periférica, causada pela obstrução de artérias que levam o sangue aos diversos tecidos e órgãos do nosso corpo por placas de gordura e colesterol – a chamada aterosclerose.
Para entendermos a relevância da doença arterial:
- 3 a 10% da população geral é portadora dessa condição, e 15% dos idosos acima dos 70 anos;
- 50% dos pacientes é assintomática.
Existem vários fatores de risco para os problemas de circulação arterial, entre eles, podemos citar:
- Tabagismo;
- Diabetes;
- Hipertensão arterial;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Colesterol elevado;
- Doença renal;
- Idade avançada.
A presença de obstruções nas artérias pode ocasionar condições muito graves como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (o “derrame cerebral”). Além disso, se não tratada, aumenta muito a mortalidade.
Os sintomas agravam-se no inverno devido à vasoconstricção arterial promovida pelas baixas temperaturas, o que dificulta ainda mais a chegada de sangue nos órgãos e tecidos, especialmente nas extremidades dos membros inferiores- pés e pernas. Entre os principais sintomas, podemos citar:
- Dor nas pernas ao caminhar, especialmente nas panturrilhas, pior ao subir morros ou escadas;
- Sensação frio e diminuição de temperatura nos pés;
- Dormências nos pés, especialmente nos dedos, que piora ao deitar-se e à noite;
- Alterações cutâneas dos pés e pernas- pele seca, descamativa, rarefação de pêlos, unhas espessadas e quebradiças;
- Presença de feridas dolorosas, especialmente nos pés e dedos, de difícil cicatrização;
- Disfunção erétil pode ser uma manifestação.
O diagnóstico é feito pela anamnese – a conversa com o médico e pelo exame físico, em que o médico avalia os pulsos arteriais através da palpação e por meio da utilização de aparelhos – esfigmomanômetro e Doppler de Ondas Contínuas, uma espécie de ultrassom portátil. Em alguns casos, pode estar indicada também a realização de um Ultrassom Doppler- o Duplex Scan Arterial para acompanhamento.
Em geral, o tratamento é eminentemente clínico. Consiste primeiramente em mudanças no estilo de vida – manter um peso equilibrado, uma alimentação saudável, cessar o tabagismo – e em controlar as doenças já existentes, como pressão alta e diabetes. O exercício físico é fundamental para estimular a circulação nesses casos, o paciente deve realizar caminhadas supervisionadas e/ou seguir a orientação médica para os exercícios adequados para o seu quadro clínico. Além disso, deve ser feito o uso de medicamentos prescritos pelo médico especialista em circulação, o Angiologista e Cirurgião Vascular. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de procedimentos cirúrgicos para revascularização, que podem ser abertos- via cirúrgica convencional- ou endovasculares – angioplastias com ou sem colocação de stents.
Se você possui algum dos fatores de risco citados acima, história familiar de problemas circulatórios ou está apresentando algum sintoma como dor e dormência nos pés e pernas, é recomendável consultar um Angiologista/Cirurgião Vascular.